sábado, 17 de novembro de 2007

Prof. Dr. João Luiz Gasparin profere palestras aos participantes do PDE em 14/11/2007, no auditório do Nupélia/UEM

Projeto: lançar para longe, para adiante. (J. L. Gasparin)


Participantes ativos durante o momento destinado às perguntas


Prof. Dr. João Luiz Gasparin, palestrante

Inicialmente, ficou muito clara a intenção de se acrescentar algo às informações pré-existentes, pois todos os que assistem à palestra são professores e têm um pressuposto de que se se trabalhar de determinada forma o aluno aprende e de outra, possivelmente, isso não ocorre.

Esse pressuposto teórico presente na prática do dia a dia é selecionado pelo professor que determina qual é a melhor forma do aluno aprender.

O professor, quando do começo de suas atividades, procura trabalhar COM o aluno, fazendo com que ele caminhe lado a lado e, se for preciso, reduzir o passo para que se possa auxiliá-lo em suas dificuldades, não se concentrando apenas nos alunos lentos nem nos rápidos, o ideal é que se estabeleça um “andar” intermediário.

Estabelece os níveis de sua palestra: teoria do conhecimento; teoria de Vigotski; cinco passos da Pedagogia de Demerval Saviani; leitura do palestrante sobre Marx, Vigotski e Saviani e, finalmente, um momento destinado às perguntas.

A teoria do conhecimento parte da PRÁTICA, para a TEORIA e para uma PRÁTICA modificada; que equivalem à TESE, ANTÍTESE e SÍNTESE. Essa primeira prática é tratada como a materialidade da vida humana, são, enfim, os bens culturais, espirituais, os conceitos – as representações mentais - já trazidos pelos alunos e que, após serem trabalhados em sala de aula, adiciona-se a teorização – aqui é o professor quem contribui e, posteriormente, o aluno é capaz de transformar essa prática inicial.

Quanto à teoria de Vigotski, estabelece um paralelo, ou seja, a PRÁTICA equivale ao NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO ATUAL, explicando que é aquilo que o aluno consegue fazer sozinho e sobre a importância de se conhecer esse nível, para não tornar sua aula um tédio, pois não é interessante ouvir sobre algo que já se conhece. Em seguida, o NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO IMEDIATO (PRÓXIMO ou PROXIMAL) e é aqui que o professor com função de “mediador” contribui com sua “mão intelectual” para caminhar “com” o aluno, ficando entre este e o conhecimento.E, finalmente, o NOVO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO, em que o aluno não mais necessita do professor em sua “caminhada”.

Apresenta a TEORIA dividida em: ZONA DE DESENVOLVIMENTO IMEDIATO, PROBLEMATIZAÇÃO, INSTRUMENTALIZAÇÃO e CATARSE.

Problematizar significa questionar, interrogar o conteúdo em busca de uma transformação social.

Instrumentalização consiste em explicar o conteúdo, através das mais diversas atividades, tais como, leitura, debate, exposição de idéias, pesquisas, em que o aluno esteja envolvido e que despertem um certo interesse.

Segundo Gramsci, catarse é a passagem de um nível para outro mais elevado,

é uma espécie de insight, um nível de compreensão mais claro, é quando o aluno diz: “Eu sei” e manifesta o que aprendeu.

O que Vigotski denomina NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO ATUAL, Saviani apresenta como a PRÁTICA SOCIAL INICIAL DO CONTEÚDO, ou seja, o/os conteúdo(s) que são socialmente necessários.

Essa PRÁTICA SOCIAL INICIAL DO CONTEÚDO abrange a: listagem do conteúdo (unidade, tópicos e objetivos); vivência do conteúdo (o que o aluno já sabe e o que gostaria de saber). Isso é importante, pois o professor deve ter em vista o que deve ensinar para seu aluno e para que serve esse conteúdo.

Segundo Gasparin, em uma conversa que teve com Demerval Saviani, interrogou por que é que não transformava essa pedagogia em didática, como não obteve resposta, ele mesmo o fez.

Nenhum comentário: