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Melhores Poemas, de José Paulo Paes
Melhores Poemas é um livro que contém a seleção de poemas das obras editadas por José Paulo Paes ao longo de sua vida. No primeiro livro, O Aluno (1947), os poemas sofrem influência de Bandeira, Drummond, Murilo Mendes e das outras obras modernistas lidas. Versos livres e clássicos; breves epigramas; sérios e intimistas, que traduzem as angústias sociais de José Paulo Paes.Em Cúmplices (1951), já com voz própria, traduzindo o cotidiano, o corriqueiro, o autor volta-se (também) para cantar o seu amor por Dora, sua musa e esposa por toda vida. O epigrama passa a ser sua marca registrada.Novas Cartas Chilenas (1954)- Tal qual as Cartas Chilenas de Tomás Antônio Gonzaga (Critilo), José Paulo Paes satiriza o “reino português”. Os epigramas lembram a mordacidade de Oswald de Andrade. A idéia do passado para falar do presente. Uma poesia engajada. É o passar a limpo a história do Brasil, com muita ironia.Em 1958 foi editado o livro Epigramas. Os versos breves, satíricos, falam dos problemas do mundo. O tom ideológico está presente (como sempre).Em plena época da ditadura, edita-se Anatomias (1967). É o contato de Paes com a corrente concretista. A destruição paródica, desmontagem do verso, destaque da palavra isolada, remontagem vocabular, trocadilhos, jogo de palavras, espacialização, incorporação do visual à estrutura do poema – tudo com recorte crítico e satírico, voltado para as circunstâncias sócio-políticas vigentes.Meia Palavra (1973) – contém o molde minúsculo e o corte espirituoso nessa condensação poética. Parece uma arma de combate contra a repressão ditatorial.Resíduo (1980) – Com consciência irônica e carga crítica, os mini-poemas retratam a realidade opressora.Calendário Perplexo (1983) – As principais datas festivas são tratadas em versos críticos. É o testemunho (individual) da existência humana do poeta.A poesia está morta mas juro que não fui eu (1988) – O jogo de palavras para traduzir os aspectos críticos, visuais e existenciais do poeta.Em 1992, edita-se Prosas seguidas de odes mínimas – Visão de mundo numa viagem intimista. Memorialista. Lembranças. Mortes dos entes queridos. Crítica e erotismo.A meu esmo (1995) – poemas que retratam o “eu”.Acoplados aos Melhores Poemas temos as poesias inéditas de Socráticas.DrummondianaQuando as amantes e o amigoTe transformarem num trapo.Faça um poema,Faça um poema, Joaquim!
MadrigalMeu amor é simples, Dora.Como a água e o pão.Como o céu refletidoNas pupilas de um cão.
L’affaire SardinhaO bispo ensinou ao bugreQue pão não é pão, mas DeusPresente na eucaristiaBucólicaO camponês sem terraDetém a charruaE pensa em colheitasQue nuca serão suas
Epitáfio para um banqueiroNegócioEgoÓcioCioO
Marcha das utopiasNão era esta a independênciaQue eu sonhavaNão era esta a república que euSonhavaNão era este o socialismo que euSonhavaNão era este o apocalipse queEu sonhava
Dia do Índio (19 de abril)O dia dos que têmOs seus dias contados(Professor Heriberto Ivan Machado – FACINTER)
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
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